CRISE E REVOLUÇÃO NO SÉCULO XIV
O EXPANSIONISMO EUROPEU
A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA E O ILUMINISMO
Portugal: resistência à inovação e as reformas pombalinas do ensino
1. Justifica o atraso da cultura portuguesa.
1. Descreve os factores da crise do século XIV: as fomes, as guerras e a peste.
- Fomes devido aos maus anos agrícolas, causados pelas chuvas abundantes, sobretudo em 1315 e 1316;
- guerras frequentes entre países europeus, destacando-se a Guerra dos 100 anos, provocando destruições, mortes e aumento das despesas com a guerra;
- epidemias, agravadas pelos sucessivos anos de fome, sobretudo a Peste Negra, que terá provocado a morte de cerca de 1/3 da população europeia.
2. Explica a chegada da Peste Negra à Europa:
Chegada à Europa através de navios italianos que tinham estado no Mar Negro.
3. Analisa as consequências económicas da crise:
Diminuição da produção, aumento dos preços e dos impostos/rendas
4. Explica as revoltas populares ocorridas neste período.
- Trabalhadores exigem aumento dos salários devido ao aumento dos preços e dos impostos;
- exigência não é satisfeita pelo que camponeses e artesãos se vão revoltar.
5. Descreve os sinais da crise em Portugal.
- Maus anos agrícolas devido às intempéries que causaram fome;
- Maus anos agrícolas devido às intempéries que causaram fome;
- a chegada da Peste Negra em 1348 provocou elevada mortalidade;
- aumento dos preços e dos impostos;
- três guerras com Castela.
6. Refere as medidas tomadas em Portugal para resolver a crise económica.
Lei das Sesmarias, de D. Fernando:
- donos das terras obrigados a cultivá-las, senão as terras seriam entregues a quem as cultivasse;
- os camponeses que tinham abandonado os campos e ido para as cidades eram obrigados a voltar a ser camponeses;
- os salários e as rendas são tabelados;
- a mendicidade era proibida.
7. Explica a crise política vivida em Portugal entre 1383-85.
- Morte de D. Fernando e Tratado de Salvaterra de Magos prevê casamento de D. Beatriz com D. João de Castela;
- divisão do país em dois partidos: apoio da grande nobreza e do alto clero à regência de D. Leonor Teles; apoio da burguesia, do povo, da pequena nobreza e baixo clero ao Mestre de Avis como Regedor do Reino após assassinato do Conde Andeiro.
8. Menciona a forma como ficou resolvida essa crise.
- Mestre de Avis aclamado rei de Portugal nas Cortes de Coimbra;
- vitórias do exército português nas Batalhas de Trancoso, Aljubarrota e Valverde.
- A paz com Castela foi assinada em 1411.
9. Refere as transformações políticas e sociais ocorridas com a vitória do Mestre de Avis.
- Políticas: nova dinastia;
- Sociais: a antiga classe dirigente (grande nobreza) foi afastada do poder e substituida pela pequena nobreza e pela burguesia, que receberam títulos nobres das mãos de D. João I como recompensa pelo apoio prestado.
O EXPANSIONISMO EUROPEU
1 Descreve os condicionalismos da expansão europeia (p. 30).
- necessidade de ouro e cereais
- procura de rotas que atingissem os centros produtores de especiarias e outros artigos de luxo
- espírito de cruzada
- curiosidade geográfica pelo desconhecido
2 Explica os factores da prioridade portuguesa (p. 32).
- situação geográfica: Portugal situa-se no extremo sudoeste da Europa, perto das zonas a descobrir ou conquistar
- meios técnicos: Portugal possuía conhecimentos náuticos e longa experiência marítima, permitindo-lhe pôr em prática a navegação astronómica (navegação em alto mar, orientando-se pela posição dos astros e pela utilização de instrumentos náuticos como o astrolábio, a bússola, o quadrante e a balestilha)
3 Descreve os interesses dos vários grupos sociais na expansão (p. 32).
- rei: resolver os problemas económicos do país e obter prestígio internacional
- nobreza: obter terras, cargos e títulos
- clero: expandir a fé cristã
- burguesia: novos mercados para comercializar
- povo: novas oportunidades para melhorar de vida
4 Explica a escolha da cidade de Ceuta (p.34).
- pela sua posição estratégia, permitia dominar a navegação pelo Estreito de Gibraltar
- era um centro de pirataria moura
- era o centro comercial de confluência da rota das especiarias (Oriente) e da rota do ouro (África)
- tinha campos cerealíferos em seu redor
5 Descreve os resultados obtidos com a conquista de Ceuta (p.34).
- vitória militar
- as rotas comerciais foram desviadas, pelo que Ceuta deixou de ser um centro de comércio
- a cidade passou a estar em permanente estado de guerra, impedindo o acesso aos campos cerealíferos
- o estado teve enormes despesas na defesa da cidade
6 Refere o papel do Infante D. Henrique na expansão (p.34).
O infante foi o grande impulsionador e dinamizador do movimento das Descobertas pois foi ele que enviou os navegadores para descobrirem o mundo desconhecido.
7 Descreve a forma de colonização dos arquipélagos atlânticos (p.34).
Os arquipélagos atlânticos foram colonizados através do sistema de capitanias, à frente da qual estava um capitão-donatário com o dever de colonizar e explorar economicamente o território. O capitão-donatário tinha o monopólio de certos produtos, podia lançar impostos e exercer a justiça.
8 Refere as principais produções dessas ilhas (p.34).
- Madeira: açucar e plantas tintureiras
- Açores: cereais e criação de gado
9 Explica as barreiras que dificultavam a passagem do Cabo Bojador (p.36).
Até 1434 o Cabo Bojador foi intransponível devido aos seus baixios e às fortes correntes e marés.
10 Descreve aquilo que permitiu a passagem do Cabo Bojador (p.36).
Gil Eanes foi o primeiro a passar o cabo Bojador porque se afastou da costa, realizando a navegação astronómica (navegação em alto mar, orientando-se pelos astros) e à bolina (navegação contra o vento).
11 Descreve a política expansionista adoptada por D. Afonso V (p.36).
D. Afonso V não estava interessado na exploração da Costa Ocidental Africana mas, sim, na conquista de praças marroquinas. Por isso, arrendou a exploração desse território a um particular, Fernão Gomes.
12 Indica as principais conquistas ocorridas neste período (p.36).
D. Afonso V conquistou as cidades de Tânger, Arzila e Alcácer Ceguer.
13 Diz em que consistiu ocontrato realizado com Fernão Gomes(p.36).
Fernão Gomes ficou com o monopólio da exploração da Costa Ocidental Africana por um período de 6 anos mas, em contrapartida, teve de pagar uma quantia anual aoEstado e descobrir 100 léguas de costa por ano.
14 Indica os territórios explorados por Fernão Gomes (p.36).
Fernão Gomes descobriu o território africano entre a Serra Leoa e o Cabo de Santa Catarina.
15.Descreve a política expansionista de D. João II (p.38).
D. João II vai interessar-se pela exploração da costa ocidental africana com o objetivo de encontrar o caminho marítimo para a Índia.
16. Explica a assinatura do Tratado de Alcáçovas-Toledo (p.38).
Em 1479, Portugal e Castela tinham assinado o Tratado de Alcáçovas que estabelecia uma linha horizontal que dividia as áreas de exploração de cada país de forma a regular a posse dos arquipélagos atlânticos.
17. Justifica a assinatura de um novo trato em 1494 entre Portugal e Castela (p.38).
Em 1492, Colombo, ao serviço dos reis espanhóis, descobre as Antilhas, que, segundo esse tratado, pertencia a Portugal. D. João II reivindica a posse das Antilhas, iniciando-se um conflito diplomático entre os 2 países. O Papa intervém e propõe o estabelecimento de um meridiano a 300 léguas a ocidente de Cabo Verde. D. João II insiste nas 370 léguas e é assim que é assinado o Tratado de Tordesilhas.
18. Descreve as disposições desse tratado (p.38).
O Tratado de Tordesilhas estabelece um meridiano a 370 léguas a ocidente de Cabo Verde, ficando Portugal com o direito a explorar todas as regiões a oriente dessa linha.
19. Localiza, no mapa, Cabo da Boa Esperança, Goa, Diu, Calecute, Ceilão e Malaca.
20. Distingue as políticas dos primeiros vice-reis da Índia. (p. 40)
D. Francisco de Almeida vai pretender o domínio dos mares, atacando a presença dos muçulmanos no Índico. Afonso de Albuquerque vai conquistar praças de comércio importantes para o comércio das especiarias.
21. Explica a importância da viagem de Vasco da Gama em 1498.
A descoberta do caminho marítimo para a Índia permite demonstrar que é possível navegar do Atlântico para o Índico. Por outro lado, com o estabelecimento da rota do Cabo, Portugal pode aceder diretamente ao comércio das especiarias, passando a ser o intermediário entre o Oriente e a Europa.
19 Descreve o comércio das especiarias.
O comércio da rota do Cabo era monopólio da coroa. Quando chegava a Lisboa, as especiarias eram depositadas na Casa da Índia. Daqui, partiam para Antuérpia, onde o rei D. Manuel tinha criado uma feitoria, para vender as especiarias aos grandes mercadores europeus.
7. Explica o papel desempenhado pela Casa da Índia e pela Feitoria em Antuérpia no comércio colonial português. (p. 40)
O comércio da rota do Cabo era monopólio da coroa. Quando chegava a Lisboa, as especiarias eram depositadas na Casa da Índia. Daqui, partiam para Antuérpia, onde o rei D. Manuel tinha criado uma feitoria, para vender as especiarias aos grandes mercadores europeus.
8. Caracteriza os povos que viviam no continente americano em 1492.(p. 42)
O continente americano era habitado por povos de nível civilizacional diferente:
- civilizações evoluídas: Maias, Incas, Astecas – cidades monumentais, palácios e pirâmides; conhecimentos de astronomia e matemática
- povos tribais recoletores, alguns com agricultura rudimentar
9. Identifica e localiza no espaço as civilizações ameríndias. (p. 42)
10. Relaciona a forma como os espanhóis procederam à conquista dos povos ameríndios com a destruição das civilizações ameríndias. (p. 42)
A ação dos espanhóis sobre os povos ameríndios foi brutal e cruel. Ávidos de ouro e prata, pilharam os tesouros e praticaram massacres. Depois da descoberta das minas de prata, obrigaram os índios a trabalhos forçados. A violência e as doenças introduzidas pelos espanhóis levaram à morte de grande parte da população ameríndia e à destruição das suas civilizações.
11. Descreve os primeiros contactos estabelecidos entre os portugueses e os índios no Brasil. (p. 44)
Depois da descoberta do brasil por Pedro Álvares Cabral, os primeiros contactos estabelecidos com os índios brasileiros foram pacíficos.
12. Refere os dois sistemas de colonização adoptados no Brasil. (p. 44)
De início, o Brasil foi dividido em 15 capitanias, cada uma entregue a um capitão-donatário para proceder à exploração do território. No entanto, a falta de recursos dos capitães-donatários e a grande extensão do território levaram D. João III a criar o cargo de Governador-Geral, uma forma de governo mais centralizada.
13. Descreve a exploração económica do Brasil. (p. 44)
O comércio do pau-brasil aumentou e o açucar, com a introdução de engenhos e de mão de obra escrava africana, tornou-se na grande riqueza do Brasil.
14. Descreve as consequências da expansão portuguesa e espanhola.
Em resultado das viagens de exploração, as rotas comerciais alargaram-se a outros continentes (África, Ásia e América) e os europeus tomaram contacto com novos produtos (café, tabaco, chocolate, batata, milho, ananás, perú, arroz, etc) , alterando os seus hábitos alimentares.
1. Define Renascimento, Classicismo, Humanismo, Individualismo e Antropocentrismo. (p. 58)
Renascimento - foi um movimento cultural dos séculos XV e XVI que se caracterizou pela inspiração na cultura greco-romana e pela valorização do Homem e das suas capacidades.
Classicismo - valorização da Antiguidade Clássica (grega e romana) como padrão por excelência do sentido estético, que os classicistas pretendem imitar.
Antropocentrismo - é uma concepção que considera que a humanidade deve permanecer no centro do entendimento dos humanos. Consiste na ideia de que “o homem está no centro das atenções”.
Individualismo – crença nas capacidades do homem, desde que tivesse vontade, talento e capacidade de acção individual.
Humanismo – movimento cultural que consiste no estudo das línguas, dos textos e dos autores clássicos, no interesse pela valorização do Homem e das suas capacidades e na crítica à sociedade do seu tempo
2 Localiza, no espaço e no tempo, o aparecimento do Renascimento.(p. 58)
O Renascimento surgiu em Itália no século XV.
3 Explica o aparecimento do Renascimento em Itália. (p. 58)
O Renascimento surgiu em Itália porque:
- a rivalidade entre as cidades italianas provocou o desejo de embelezá-as, através do apoio a artistas (mecenato);
- os inúmeros vestígios da civilização romana permitiu um interesse pelo seu passado.
4 Descreve o novo Homem Renascentista. (p. 58)
O Homem renascentista procurou desenvolver de forma harmoniosa o corpo e o espírito, procurando interessar-se por todas as coisas e desenvolver um espírito crítico. O maior exemplo desse novo homem foi Leonardo da Vinci (artista, engenheiro e arquiteto).
5 Descreve o movimento humanista. (p. 58)
Os humanistas inspiraram-se nos antigos escritores gregos e romanos e produziram obras literárias (Camões, Miguel de Cervantes, Shahespeare) ou obras críticas sobre a sociedade da época (Maquiavel, Erasmo de Roterdão e Thomas More).
6 Diz em que consiste o experiencialismo. (p. 60-61)
O experiencialismo consiste no princípio de que a fonte do conhecimento é a observação e a experência
7 Relaciona os descobrimentos portugueses com o experiencialismo do século XVI. (p. 60-61)
Os Descobrimentos demonstraram que os conhecimentos dos Antigos (como Ptolomeu) estavam errados e que a verdadeira fonte do conhecimento era a oberservação e a experiência e, não, o saber livresco.
8 Relaciona a defesa do experiencialismo com a existência de avanços científicos no século XVI.
Através da observção e da experiência, foram alcançados alguns progressos em algumas áreas do conhecimento.
9 Dá exemplos de cientistas e de teorias importantes na época. (p. 60-61)
- Anatomia: Vesálio( dissecação dos corpos)
- Geografia: Duarte Pacheco Pereira (descrição dos contactos com outros povos e culturas no Esmeraldo de Situ Orbis)
- Ciências da Natureza: Garcia da Orta (pesquisas sobre plantas medicinais)
- Matemática: Pedro Nunes (Nónio)
- Astronomia: Copérnico (teoria heliocêntrica, criticando a teoria geocêntrica)
10 Relaciona a invenção da imprensa com a divulgação das ideias renascentistas. (p. 60-61)
A imprensa fez com que fossem produzidos mais livros e com um preço mais barato, permitindo que um maior número de pessoas os comprassem e contactassem com as novas ideias renascentistas..
11 Localiza, no tempo e no espaço, o aparecimento da arte renascentista. (p. 62)
Itália, no século XV.
12 Refere as fontes de inspiração da arte renascentista (reutilização das formas clássicas). (p. 62)
- arquitetura: inspiração nos elementos da arte greco-romana (arcos de volta inteira, colunas com capitéis clássicos, cúpulas e frontões triangulares)
- escultura: estátuas equestres à maneira romana.
13 Explica o carácter inovador da pintura renascentista. (p. 62+73)
- novas técnicas (tela, pintura a óleo e sfumato)
- aplicação da perspectiva (ilusão da profundidade)
14 Analisa o novo modelo de representação do homem na escultura renascentista. (p. 62+73)
O homem era representado com naturalismo e realismo, inclusivamente na expressão do rosto, que transmitia sentimentos. Havia também uma composição geométrica das figuras.
15 Identifica as principais características da arquitectura renascentista. (p. 62+72)
Nos edifícios predominava a horizontalidade e o equilíbrio e simetria das formas (ponto de fuga).
16 Interpreta o Manuelino como um estilo decorativo ligado aos Descobrimentos. (p. 64)
O Manuelino é um estílo artístico típicamente português que surgiu nos finais do século XV, no reinado de D. Manuel. Pertence ao Gótico Final mas distingue-se pelos elementos decorativos relacionados com a monarquia e os descobrimentos:
- naturalistas: cachos de uvas, folhas de loureiro, troncos, …
- marítimos: cordas, nós, conchas, algas, …
- nacionalistas: cruz de Cristo, esfera armilar, escudo real.
Os membros do clero eram acusados de:
- os membros do Clero rodeavam-se de luxo, actuando mais como príncipes do que como homens de fé; interessavam-se mais com os prazeres carnais do que com os assuntos da fé, não prestando apoio espiritual aos fiéis;
- muitos dos cargos eclesiásticos eram comprados por membros da nobreza, sem qualquer preparação eclesiástica.
2 Justifica a afixação das “95 Teses contra as Indulgências” por Lutero. (p. 66)
Martinho Lutero afixa as “95 Teses contra as Indulgências”, criticando a atribuição do perdão dos pecados mediante o pagamento de uma quantia em dinheiro:
• para Lutero, Deus concede o perdão apenas se a pessoa estiver verdadeiramente arrependida.
• Lutero disse que a Igreja era suficientemente rica para construir a Basílica de S. Pedro, sem ter necessidade de recorrer aos fiéis.
3 Refere os aspectos que distinguem cada uma das religiões protestantes: o Luteranismo, o Calvinismo e o Anglicanismo. (p. 68)
No século XVI, surgiram três religiões protestantes: o luteranismo, o calvinismo e o anglicanismo. Todas criticavam os dogmas e a actuação da Igreja Católica mas têm, também, alguns aspectos que as distinguem: por exemplo, o perdão pela fé, no Luteranismo, a Teoria da Predestinação no Calvinismo e o rei como chefe supremo da Igreja no Anglicanismo.
5 Indica os aspectos que distinguem a religião católica das religiões protestantes.
Os aspectos que distinguiam as religiões protestantes do Catolicismo eram:
Igreja Católica :
- Há 7 sacramentos;
- Salvação pela fé e pelas boas obras O Papa é o chefe da Igreja;
- Há cardeais, bispos e padres Assiste-se à missa na Igreja Bíblia apenas em latim
Igreja Protestante:
- Há 2 sacramentos;
- Salvação pela fé;
- Não acredita na Virgem nem nos santos Recusa da autoridade do Papa;
- Há bispos e pastores (padres) Lê-se a Bíblia e cantam-se hinos no templo
- Bíblia traduzida em cada língua nacional
6 Distingue Reforma Católica de Contra-Reforma. (p. 70)
A Reforma Católica - movimento de renovação interna através do Concílio de Trento;
- A Contra-Reforma - movimento de combate ao aparecimento do Protestantismo.
7 Refere as decisões tomadas no Concílio de Trento. (p. 70)
O Concílio de Trento disciplinou e moralizou os costumes do clero e reafirmou todos os dogmas católicos. Obrigou os membros do clero a hábitos mais contidos na comida e no vestuário, o celibato, a visitar as dioceses.
8 Descreve o papel da Inquisição e da Companhia de Jesus no combate ao Protestantismo. (p. 70
A Companhia de Jesus tinha uma missão evangelizadora, nomeadamente no Oriente e na América do Sul; o Índex era uma lista de livros proibidos pela Igreja Católica; a Inquisição era um Tribunal eclesiástico, que acusava, prendia, torturava e condenava à morte todos os culpados de heresia (protestantes, judeus, bruxas, feiticeiros, …).
1 Explica a crise do Império Português a partir de meados do século XVI.
As razões da crise do Império Português em meados do século XVI eram:
• Dispersão dos territórios (África, Ásia e América);
• Despesas muito elevadas;
• Distância e duração das viagens;
• Corrupção;
• Ataques de piratas e de corsários
• Os naufrágios devido ao sobrecarregamento.
2 Demonstra o apogeu do Império Espanhol.
3 Descreve os acontecimentos que levaram à União Ibérica.
Os acontecimentos que levaram à União Ibérica foram:
- Tentativa de D. Sebastião restaurar o prestígio de Portugal no Norte de África;
- a derrota na Batalha de Alcácer Quibir e a morte do rei, sem descendentes;
- Sucessão do seu tio-avô, o cardeal D. Henrique, foi uma solução temporária: rei já tinha idade, estava doente e não tinha descendentes;
- Três pretendentes ao trono entre os primos de D. Sebastião: D. Catarina, Duquesa de Bragança (apoiado pela nobreza tradicional; inconveniente: era mulher), D. António, Prior do Crato (apoiado pelo povo; inconveniente: era filho ilegítimo) e D. Filipe II (inconveniente: era rei de Espanha). Filipe II tinha, no entanto, a vantagem de ser rei de um país com grandes riquezas, oriundas do ouro e da prata das Américas, reunindo o apoio da alta nobreza (terras e cargos), alto clero e grande burguesia (comércio nos territórios espanhóis). Em 1581, nas Cortes de Tomar, Filipe II acaba, por isso, por ser declarado rei de Portugal, apresentando uma série de promessas:
• Manutenção da Independência Nacional;
• O cargo de vice-rei/governador seria para um português;
• Os cargos da administração, das finanças, da justiça, militares e eclesiásticos seriam para portugueses;
• Não seriam retirados territórios a Portugal;
• Manter-se-ia o uso da moeda e da língua portuguesa.
4 Demonstra a importância da Holanda na economia europeia na primeira metade do século XVII.
Na primeira metade do século XVII, a Holanda vai afirmar-se como a grande potência imperial, devido à posse de uma série de territórios, na América, em África e na Ásia. Vai, tornar-se, por isso, a grande intermediária, transportando produtos de todo o lado por toda a Europa. A cidade de Amesterdão vai tornar-se na principal cidade comercial da Europa.
Para que isto acontecesse, os Holandeses tiveram que defender a teoria do Mare Liberum (mar livre), afirmando que qualquer país tinha o direito a navegar pelos mares e de fazer comércio com qualquer povo/zona do mundo. Contestaram, por isso, o Tratado de Tordesilhas, que dividiu o “mundo” entre Portugal e Espanha.
5 Justifica a importância do Acto de Navegação para a economia inglesa.
Em 1651, a Inglaterra publica o Acto de Navegação, uma lei que determinava que o transporte de mercadorias de outros países e das colónias inglesas para Inglaterra só poderia ser feito por navios ingleses ou pelos navios de origem dos produtos.
Os objectivos desta lei eram arruinar a frota holandesa e desenvolver a construção naval e a marinha mercante inglesas. Os objectivos foram amplamente cumpridos, permitindo à Inglaterra tornar-se na principal potência comercial e colonial a partir de meados do século XVII.
6 Explica o desenvolvimento do capitalismo comercial a partir do século XVI.
7 Descreve as consequências da crise do Império Espanhol para Portugal/Explica o descontentamento da população portuguesa face ao domínio espanhol
9 Descreve a forma como se processou a Restauração da Independência.
1.Diz em que consiste a expressão “Antigo Regime”.
Antigo Regime é o período da história da Europa entre os séculos XV e XVIII, caracterizado pelo absolutismo, pela sociedade de ordens e pela expansão do comércio colonial.
2 Localiza, no tempo e no espaço, o absolutismo.
O Absolutismo existiu em vários países europeus, como França, Portugal e Espanha, a partir do século XVI até aos finais do século XVIII/inícios do século XIX.
3 Descreve as características do absolutismo.
As características do absolutismo são:
- concentração de todos os poderes nas mãos do rei
- não convocação das Cortes
- aparecimento de um corpo de funcionários que aplicavam as decisões reais
4 Explica a teoria divina do poder real.
O poder real era considerado de origem divina, ou seja, provinha de Deus e, portanto, só a ele tinha de prestar contas. Quem desobedecesse ao rei, cometia um verdadeiro sacrilégio e seria julgado, o que quer dizer que todos, sem excepção, teriam de obedecer ao rei.
5 Descreve a Corte como instrumento de poder.
Os reis absolutos utilizavam a corte como instrumento de poder real. Rodeando-se dos nobres mais importantes do país, podia controlá-los e domesticá-los: estes ficavam dependentes dos pequenos favores prestados ao rei e, portanto, faziam tudo para agradá-lo.
6 Refere as etapas de implantação do absolutismo em Portugal.
As etapas da implantação do absolutismo em Portugal foram:
- D. Duarte: Lei Mental (os bens doados pela coroa só podiam ser transmitidos ao filho mais velho, senão, voltariam para a coroa)
- D. Afonso V e D. Manuel I – Ordenações Afonsinas e Ordenações Manuelinas
- D. Manuel I – reforma dos forais
7 Identifica D. João V como um rei absoluto.
D. João V, aproveitando as remessas de ouro brasileiro, vai utilizar a riqueza para afirmar o seu poder político, afirmando-se como o Rei-Sol português. Deixou de convocar as Cortes e construiu o Palácio de Mafra, rodeando-se de luxo e riqueza e controlando os nobres portugueses.
8 Define mercantilismo.
Mercantilismo foi a política económica adoptada por vários Estados europeus no século XVII com o objectivo de aumentar a riqueza dos países.
9 Descreve os objectivos e as medidas defendidas pelo mercantilismo.
Os objectivos do mercantilismo eram obter uma balança comercial positiva (mais exportações e menos importações) de forma a promover a entrada de riqueza no país.
As medidas tomadas para atingir esse fim eram:
- desenvolvimento das manufacturas: criação de manufacturas, atribuição de subsídios, contratação de técnicos estrangeiros
- fomento do comércio através da criação de companhias comerciais
- protecção da produção nacional através da publicação das pragmáticas e do aumento das taxas alfandegárias aplicadas aos produtos importados.
10 Explica a adopção do Mercantilismo pelo Conde da Ericeira.
A adopção do Mercantilismo pelo Conde da Ericeira deveu-se à crise do nosso comércio colonial face à diminuição das exportações para os outros países europeus.
11 Define Sociedade de Ordens.
Sociedade de Ordens é uma sociedade estratificada em três ordens ou grupos sociais – o clero, a nobreza e o Terceiro Estado (burguesia e povo) – distinguindo-se pelos privilégios atribuídos, ou não, a cada um.
12 Descreve os aspectos que determinavam a posição social de cada um.
As diversas ordens sociais estavam organizadas segundo o nascimento, a função e o estatuto jurídico, implicando diversas formas de vestuário e de tratamento na sociedade.
13 Diferencia as três ordens sociais.
O Clero e a nobreza eram grupos privilegiados. Possuíam grandes extensões de terra, recebendo as rendas dos camponeses. Tinham justiça própria e estavam isentos do pagamento de impostos. O Terceiro Estado era muito heterogéneo, abarcando situações económicas distintas: desde o grande burguês enriquecido, homem de negócios, até ao camponês empobrecido e ao mendigo. A todos eles era comum o facto de pagarem impostos e não terem qualquer privilégio.
1 Descreve a importância do afluxo do ouro brasileiro para a economia portuguesa.
Durante o reinado de D. João V, chegaram a Portugal grandes quantidades de ouro vindo do Brasil, permitindo ao rei rodear-se de luxo no Palácio de Mafra, o qual mandou construir, e afirmar-se como rei absoluto. O reinado foi, portanto, um reinado caracterizado pela riqueza.
2 Explica a assinatura do Tratado de Methuen.
Em 1703, Portugal e a Inglaterra assinaram o Tratado de Methuen, porque Portugal, devido ao afluxo de ouro brasileiro, decidiu que já não precisava de investir na sua produção nacional, podendo importar livremente os produtos à Inglaterra.
3 Indica os termos desse tratado.
Segundo esse acordo comercial, Portugal aceitava importar os têxteis ingleses, sem qualquer tipo de limitação e a Inglaterra aceitava a importação de vinhos portugueses pagando taxas alfandegárias reduzidas.
4 Refere as vantagens e desvantagens da assinatura desse tratado para a economia portuguesa.
As vantagens do Tratado de Methuen foram: aumentou a produção vinícola, sobretudo na região do Douro, devido ao aumento das exportações para Inglaterra.
As desvantagens foram: aumentou o défice da balança comercial porque as importações de têxteis ingleses aumentaram mais do que a exportação de vinhos portugueses; crise das manufacturas portuguesas devido à concorrência dos produtos ingleses, mais baratos e de melhor qualidade; aumentou, portanto, a dependência económica face à Inglaterra.
5 Descreve a política de fomento económico do Marquês de Pombal
Numa primeira etapa, o Marquês de Pombal teve como objectivo desenvolver o comércio português através da criação de companhias comerciais monopolistas ( Companhia das Vinhas do Alto Douro, C. de Grão-Pará e Maranhão, etc). Essas companhias comerciais eram compostas por capitais privados de burgueses, mas recebiam do Estado o monopólio de produção e de comercialização de determinado produto em determinada região (não sofrendo de concorrência, podiam desenvolver-se).
Numa segunda etapa, o Marquês de Pombal teve como objectivo desenvolver as manufacturas através da criação ou renovação de manufacturas, concessão de subsídios e privilégios (ex: isenção de impostos) e contratação de técnicos estrangeiros.
6 Descreve a forma como o Marquês de Pombal vai implantar o Despotismo Esclarecido.
O Marquês de Pombal implantou o Despotismo Esclarecido, última etapa do absolutismo régio: tipo de regime político em que o rei é a autoridade suprema porque era considerado como a única pessoa com capacidades especiais para tomar as medidas adequadas para o progresso da Nação.
Por isso, o Marquês de Pombal vai disciplinar a nobreza e o clero com a condenação à morte dos Távora e da expulsão dos Jesuítas. Para a sua governação, vai apoiar-se na burguesia, à qual atribuía certos privilégios económicos (ex: companhias monopolistas) e títulos nobres. Também aboliu a distinção entre cristãos-velhos e cristãos-novos, permitindo aos “antigos judeus” a sua ascensão social e económica.
- necessidade de ouro e cereais
- procura de rotas que atingissem os centros produtores de especiarias e outros artigos de luxo
- espírito de cruzada
- curiosidade geográfica pelo desconhecido
2 Explica os factores da prioridade portuguesa (p. 32).
- situação geográfica: Portugal situa-se no extremo sudoeste da Europa, perto das zonas a descobrir ou conquistar
- meios técnicos: Portugal possuía conhecimentos náuticos e longa experiência marítima, permitindo-lhe pôr em prática a navegação astronómica (navegação em alto mar, orientando-se pela posição dos astros e pela utilização de instrumentos náuticos como o astrolábio, a bússola, o quadrante e a balestilha)
3 Descreve os interesses dos vários grupos sociais na expansão (p. 32).
- rei: resolver os problemas económicos do país e obter prestígio internacional
- nobreza: obter terras, cargos e títulos
- clero: expandir a fé cristã
- burguesia: novos mercados para comercializar
- povo: novas oportunidades para melhorar de vida
4 Explica a escolha da cidade de Ceuta (p.34).
- pela sua posição estratégia, permitia dominar a navegação pelo Estreito de Gibraltar
- era um centro de pirataria moura
- era o centro comercial de confluência da rota das especiarias (Oriente) e da rota do ouro (África)
- tinha campos cerealíferos em seu redor
5 Descreve os resultados obtidos com a conquista de Ceuta (p.34).
- vitória militar
- as rotas comerciais foram desviadas, pelo que Ceuta deixou de ser um centro de comércio
- a cidade passou a estar em permanente estado de guerra, impedindo o acesso aos campos cerealíferos
- o estado teve enormes despesas na defesa da cidade
6 Refere o papel do Infante D. Henrique na expansão (p.34).
O infante foi o grande impulsionador e dinamizador do movimento das Descobertas pois foi ele que enviou os navegadores para descobrirem o mundo desconhecido.
7 Descreve a forma de colonização dos arquipélagos atlânticos (p.34).
Os arquipélagos atlânticos foram colonizados através do sistema de capitanias, à frente da qual estava um capitão-donatário com o dever de colonizar e explorar economicamente o território. O capitão-donatário tinha o monopólio de certos produtos, podia lançar impostos e exercer a justiça.
8 Refere as principais produções dessas ilhas (p.34).
- Madeira: açucar e plantas tintureiras
- Açores: cereais e criação de gado
9 Explica as barreiras que dificultavam a passagem do Cabo Bojador (p.36).
Até 1434 o Cabo Bojador foi intransponível devido aos seus baixios e às fortes correntes e marés.
10 Descreve aquilo que permitiu a passagem do Cabo Bojador (p.36).
Gil Eanes foi o primeiro a passar o cabo Bojador porque se afastou da costa, realizando a navegação astronómica (navegação em alto mar, orientando-se pelos astros) e à bolina (navegação contra o vento).
11 Descreve a política expansionista adoptada por D. Afonso V (p.36).
D. Afonso V não estava interessado na exploração da Costa Ocidental Africana mas, sim, na conquista de praças marroquinas. Por isso, arrendou a exploração desse território a um particular, Fernão Gomes.
12 Indica as principais conquistas ocorridas neste período (p.36).
D. Afonso V conquistou as cidades de Tânger, Arzila e Alcácer Ceguer.
13 Diz em que consistiu ocontrato realizado com Fernão Gomes(p.36).
Fernão Gomes ficou com o monopólio da exploração da Costa Ocidental Africana por um período de 6 anos mas, em contrapartida, teve de pagar uma quantia anual aoEstado e descobrir 100 léguas de costa por ano.
14 Indica os territórios explorados por Fernão Gomes (p.36).
Fernão Gomes descobriu o território africano entre a Serra Leoa e o Cabo de Santa Catarina.
15.Descreve a política expansionista de D. João II (p.38).
D. João II vai interessar-se pela exploração da costa ocidental africana com o objetivo de encontrar o caminho marítimo para a Índia.
16. Explica a assinatura do Tratado de Alcáçovas-Toledo (p.38).
Em 1479, Portugal e Castela tinham assinado o Tratado de Alcáçovas que estabelecia uma linha horizontal que dividia as áreas de exploração de cada país de forma a regular a posse dos arquipélagos atlânticos.
17. Justifica a assinatura de um novo trato em 1494 entre Portugal e Castela (p.38).
Em 1492, Colombo, ao serviço dos reis espanhóis, descobre as Antilhas, que, segundo esse tratado, pertencia a Portugal. D. João II reivindica a posse das Antilhas, iniciando-se um conflito diplomático entre os 2 países. O Papa intervém e propõe o estabelecimento de um meridiano a 300 léguas a ocidente de Cabo Verde. D. João II insiste nas 370 léguas e é assim que é assinado o Tratado de Tordesilhas.
18. Descreve as disposições desse tratado (p.38).
O Tratado de Tordesilhas estabelece um meridiano a 370 léguas a ocidente de Cabo Verde, ficando Portugal com o direito a explorar todas as regiões a oriente dessa linha.
19. Localiza, no mapa, Cabo da Boa Esperança, Goa, Diu, Calecute, Ceilão e Malaca.
20. Distingue as políticas dos primeiros vice-reis da Índia. (p. 40)
D. Francisco de Almeida vai pretender o domínio dos mares, atacando a presença dos muçulmanos no Índico. Afonso de Albuquerque vai conquistar praças de comércio importantes para o comércio das especiarias.
21. Explica a importância da viagem de Vasco da Gama em 1498.
A descoberta do caminho marítimo para a Índia permite demonstrar que é possível navegar do Atlântico para o Índico. Por outro lado, com o estabelecimento da rota do Cabo, Portugal pode aceder diretamente ao comércio das especiarias, passando a ser o intermediário entre o Oriente e a Europa.
19 Descreve o comércio das especiarias.
O comércio da rota do Cabo era monopólio da coroa. Quando chegava a Lisboa, as especiarias eram depositadas na Casa da Índia. Daqui, partiam para Antuérpia, onde o rei D. Manuel tinha criado uma feitoria, para vender as especiarias aos grandes mercadores europeus.
7. Explica o papel desempenhado pela Casa da Índia e pela Feitoria em Antuérpia no comércio colonial português. (p. 40)
O comércio da rota do Cabo era monopólio da coroa. Quando chegava a Lisboa, as especiarias eram depositadas na Casa da Índia. Daqui, partiam para Antuérpia, onde o rei D. Manuel tinha criado uma feitoria, para vender as especiarias aos grandes mercadores europeus.
8. Caracteriza os povos que viviam no continente americano em 1492.(p. 42)
O continente americano era habitado por povos de nível civilizacional diferente:
- civilizações evoluídas: Maias, Incas, Astecas – cidades monumentais, palácios e pirâmides; conhecimentos de astronomia e matemática
- povos tribais recoletores, alguns com agricultura rudimentar
9. Identifica e localiza no espaço as civilizações ameríndias. (p. 42)
10. Relaciona a forma como os espanhóis procederam à conquista dos povos ameríndios com a destruição das civilizações ameríndias. (p. 42)
A ação dos espanhóis sobre os povos ameríndios foi brutal e cruel. Ávidos de ouro e prata, pilharam os tesouros e praticaram massacres. Depois da descoberta das minas de prata, obrigaram os índios a trabalhos forçados. A violência e as doenças introduzidas pelos espanhóis levaram à morte de grande parte da população ameríndia e à destruição das suas civilizações.
11. Descreve os primeiros contactos estabelecidos entre os portugueses e os índios no Brasil. (p. 44)
Depois da descoberta do brasil por Pedro Álvares Cabral, os primeiros contactos estabelecidos com os índios brasileiros foram pacíficos.
12. Refere os dois sistemas de colonização adoptados no Brasil. (p. 44)
De início, o Brasil foi dividido em 15 capitanias, cada uma entregue a um capitão-donatário para proceder à exploração do território. No entanto, a falta de recursos dos capitães-donatários e a grande extensão do território levaram D. João III a criar o cargo de Governador-Geral, uma forma de governo mais centralizada.
13. Descreve a exploração económica do Brasil. (p. 44)
O comércio do pau-brasil aumentou e o açucar, com a introdução de engenhos e de mão de obra escrava africana, tornou-se na grande riqueza do Brasil.
14. Descreve as consequências da expansão portuguesa e espanhola.
Em resultado das viagens de exploração, as rotas comerciais alargaram-se a outros continentes (África, Ásia e América) e os europeus tomaram contacto com novos produtos (café, tabaco, chocolate, batata, milho, ananás, perú, arroz, etc) , alterando os seus hábitos alimentares.
O RENASCIMENTO
1. Define Renascimento, Classicismo, Humanismo, Individualismo e Antropocentrismo. (p. 58)
Renascimento - foi um movimento cultural dos séculos XV e XVI que se caracterizou pela inspiração na cultura greco-romana e pela valorização do Homem e das suas capacidades.
Classicismo - valorização da Antiguidade Clássica (grega e romana) como padrão por excelência do sentido estético, que os classicistas pretendem imitar.
Antropocentrismo - é uma concepção que considera que a humanidade deve permanecer no centro do entendimento dos humanos. Consiste na ideia de que “o homem está no centro das atenções”.
Individualismo – crença nas capacidades do homem, desde que tivesse vontade, talento e capacidade de acção individual.
Humanismo – movimento cultural que consiste no estudo das línguas, dos textos e dos autores clássicos, no interesse pela valorização do Homem e das suas capacidades e na crítica à sociedade do seu tempo
2 Localiza, no espaço e no tempo, o aparecimento do Renascimento.(p. 58)
O Renascimento surgiu em Itália no século XV.
3 Explica o aparecimento do Renascimento em Itália. (p. 58)
O Renascimento surgiu em Itália porque:
- a rivalidade entre as cidades italianas provocou o desejo de embelezá-as, através do apoio a artistas (mecenato);
- os inúmeros vestígios da civilização romana permitiu um interesse pelo seu passado.
4 Descreve o novo Homem Renascentista. (p. 58)
O Homem renascentista procurou desenvolver de forma harmoniosa o corpo e o espírito, procurando interessar-se por todas as coisas e desenvolver um espírito crítico. O maior exemplo desse novo homem foi Leonardo da Vinci (artista, engenheiro e arquiteto).
5 Descreve o movimento humanista. (p. 58)
Os humanistas inspiraram-se nos antigos escritores gregos e romanos e produziram obras literárias (Camões, Miguel de Cervantes, Shahespeare) ou obras críticas sobre a sociedade da época (Maquiavel, Erasmo de Roterdão e Thomas More).
6 Diz em que consiste o experiencialismo. (p. 60-61)
O experiencialismo consiste no princípio de que a fonte do conhecimento é a observação e a experência
7 Relaciona os descobrimentos portugueses com o experiencialismo do século XVI. (p. 60-61)
Os Descobrimentos demonstraram que os conhecimentos dos Antigos (como Ptolomeu) estavam errados e que a verdadeira fonte do conhecimento era a oberservação e a experiência e, não, o saber livresco.
8 Relaciona a defesa do experiencialismo com a existência de avanços científicos no século XVI.
Através da observção e da experiência, foram alcançados alguns progressos em algumas áreas do conhecimento.
9 Dá exemplos de cientistas e de teorias importantes na época. (p. 60-61)
- Anatomia: Vesálio( dissecação dos corpos)
- Geografia: Duarte Pacheco Pereira (descrição dos contactos com outros povos e culturas no Esmeraldo de Situ Orbis)
- Ciências da Natureza: Garcia da Orta (pesquisas sobre plantas medicinais)
- Matemática: Pedro Nunes (Nónio)
- Astronomia: Copérnico (teoria heliocêntrica, criticando a teoria geocêntrica)
10 Relaciona a invenção da imprensa com a divulgação das ideias renascentistas. (p. 60-61)
A imprensa fez com que fossem produzidos mais livros e com um preço mais barato, permitindo que um maior número de pessoas os comprassem e contactassem com as novas ideias renascentistas..
11 Localiza, no tempo e no espaço, o aparecimento da arte renascentista. (p. 62)
Itália, no século XV.
12 Refere as fontes de inspiração da arte renascentista (reutilização das formas clássicas). (p. 62)
- arquitetura: inspiração nos elementos da arte greco-romana (arcos de volta inteira, colunas com capitéis clássicos, cúpulas e frontões triangulares)
- escultura: estátuas equestres à maneira romana.
13 Explica o carácter inovador da pintura renascentista. (p. 62+73)
- novas técnicas (tela, pintura a óleo e sfumato)
- aplicação da perspectiva (ilusão da profundidade)
14 Analisa o novo modelo de representação do homem na escultura renascentista. (p. 62+73)
O homem era representado com naturalismo e realismo, inclusivamente na expressão do rosto, que transmitia sentimentos. Havia também uma composição geométrica das figuras.
15 Identifica as principais características da arquitectura renascentista. (p. 62+72)
Nos edifícios predominava a horizontalidade e o equilíbrio e simetria das formas (ponto de fuga).
16 Interpreta o Manuelino como um estilo decorativo ligado aos Descobrimentos. (p. 64)
O Manuelino é um estílo artístico típicamente português que surgiu nos finais do século XV, no reinado de D. Manuel. Pertence ao Gótico Final mas distingue-se pelos elementos decorativos relacionados com a monarquia e os descobrimentos:
- naturalistas: cachos de uvas, folhas de loureiro, troncos, …
- marítimos: cordas, nós, conchas, algas, …
- nacionalistas: cruz de Cristo, esfera armilar, escudo real.
O TEMPO DAS REFORMAS RELIGIOSAS
1 Descreve as críticas feitas à Igreja Católica. (p. 66)Os membros do clero eram acusados de:
- os membros do Clero rodeavam-se de luxo, actuando mais como príncipes do que como homens de fé; interessavam-se mais com os prazeres carnais do que com os assuntos da fé, não prestando apoio espiritual aos fiéis;
- muitos dos cargos eclesiásticos eram comprados por membros da nobreza, sem qualquer preparação eclesiástica.
2 Justifica a afixação das “95 Teses contra as Indulgências” por Lutero. (p. 66)
Martinho Lutero afixa as “95 Teses contra as Indulgências”, criticando a atribuição do perdão dos pecados mediante o pagamento de uma quantia em dinheiro:
• para Lutero, Deus concede o perdão apenas se a pessoa estiver verdadeiramente arrependida.
• Lutero disse que a Igreja era suficientemente rica para construir a Basílica de S. Pedro, sem ter necessidade de recorrer aos fiéis.
3 Refere os aspectos que distinguem cada uma das religiões protestantes: o Luteranismo, o Calvinismo e o Anglicanismo. (p. 68)
No século XVI, surgiram três religiões protestantes: o luteranismo, o calvinismo e o anglicanismo. Todas criticavam os dogmas e a actuação da Igreja Católica mas têm, também, alguns aspectos que as distinguem: por exemplo, o perdão pela fé, no Luteranismo, a Teoria da Predestinação no Calvinismo e o rei como chefe supremo da Igreja no Anglicanismo.
5 Indica os aspectos que distinguem a religião católica das religiões protestantes.
Os aspectos que distinguiam as religiões protestantes do Catolicismo eram:
Igreja Católica :
- Há 7 sacramentos;
- Salvação pela fé e pelas boas obras O Papa é o chefe da Igreja;
- Há cardeais, bispos e padres Assiste-se à missa na Igreja Bíblia apenas em latim
Igreja Protestante:
- Há 2 sacramentos;
- Salvação pela fé;
- Não acredita na Virgem nem nos santos Recusa da autoridade do Papa;
- Há bispos e pastores (padres) Lê-se a Bíblia e cantam-se hinos no templo
- Bíblia traduzida em cada língua nacional
6 Distingue Reforma Católica de Contra-Reforma. (p. 70)
A Reforma Católica - movimento de renovação interna através do Concílio de Trento;
- A Contra-Reforma - movimento de combate ao aparecimento do Protestantismo.
7 Refere as decisões tomadas no Concílio de Trento. (p. 70)
O Concílio de Trento disciplinou e moralizou os costumes do clero e reafirmou todos os dogmas católicos. Obrigou os membros do clero a hábitos mais contidos na comida e no vestuário, o celibato, a visitar as dioceses.
8 Descreve o papel da Inquisição e da Companhia de Jesus no combate ao Protestantismo. (p. 70
A Companhia de Jesus tinha uma missão evangelizadora, nomeadamente no Oriente e na América do Sul; o Índex era uma lista de livros proibidos pela Igreja Católica; a Inquisição era um Tribunal eclesiástico, que acusava, prendia, torturava e condenava à morte todos os culpados de heresia (protestantes, judeus, bruxas, feiticeiros, …).
O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL
As razões da crise do Império Português em meados do século XVI eram:
• Dispersão dos territórios (África, Ásia e América);
• Despesas muito elevadas;
• Distância e duração das viagens;
• Corrupção;
• Ataques de piratas e de corsários
• Os naufrágios devido ao sobrecarregamento.
2 Demonstra o apogeu do Império Espanhol.
No século XVI, Espanha possuía um poderoso Império, sobretudo na América Central e do Sul, de onde vinham para Sevilha grandes quantidades de ouro e de prata. No tempo de Filipe II, o Império Espanhol atingiu a sua máxima extensão.
3 Descreve os acontecimentos que levaram à União Ibérica.
Os acontecimentos que levaram à União Ibérica foram:
- Tentativa de D. Sebastião restaurar o prestígio de Portugal no Norte de África;
- a derrota na Batalha de Alcácer Quibir e a morte do rei, sem descendentes;
- Sucessão do seu tio-avô, o cardeal D. Henrique, foi uma solução temporária: rei já tinha idade, estava doente e não tinha descendentes;
- Três pretendentes ao trono entre os primos de D. Sebastião: D. Catarina, Duquesa de Bragança (apoiado pela nobreza tradicional; inconveniente: era mulher), D. António, Prior do Crato (apoiado pelo povo; inconveniente: era filho ilegítimo) e D. Filipe II (inconveniente: era rei de Espanha). Filipe II tinha, no entanto, a vantagem de ser rei de um país com grandes riquezas, oriundas do ouro e da prata das Américas, reunindo o apoio da alta nobreza (terras e cargos), alto clero e grande burguesia (comércio nos territórios espanhóis). Em 1581, nas Cortes de Tomar, Filipe II acaba, por isso, por ser declarado rei de Portugal, apresentando uma série de promessas:
• Manutenção da Independência Nacional;
• O cargo de vice-rei/governador seria para um português;
• Os cargos da administração, das finanças, da justiça, militares e eclesiásticos seriam para portugueses;
• Não seriam retirados territórios a Portugal;
• Manter-se-ia o uso da moeda e da língua portuguesa.
4 Demonstra a importância da Holanda na economia europeia na primeira metade do século XVII.
Na primeira metade do século XVII, a Holanda vai afirmar-se como a grande potência imperial, devido à posse de uma série de territórios, na América, em África e na Ásia. Vai, tornar-se, por isso, a grande intermediária, transportando produtos de todo o lado por toda a Europa. A cidade de Amesterdão vai tornar-se na principal cidade comercial da Europa.
Para que isto acontecesse, os Holandeses tiveram que defender a teoria do Mare Liberum (mar livre), afirmando que qualquer país tinha o direito a navegar pelos mares e de fazer comércio com qualquer povo/zona do mundo. Contestaram, por isso, o Tratado de Tordesilhas, que dividiu o “mundo” entre Portugal e Espanha.
5 Justifica a importância do Acto de Navegação para a economia inglesa.
Em 1651, a Inglaterra publica o Acto de Navegação, uma lei que determinava que o transporte de mercadorias de outros países e das colónias inglesas para Inglaterra só poderia ser feito por navios ingleses ou pelos navios de origem dos produtos.
Os objectivos desta lei eram arruinar a frota holandesa e desenvolver a construção naval e a marinha mercante inglesas. Os objectivos foram amplamente cumpridos, permitindo à Inglaterra tornar-se na principal potência comercial e colonial a partir de meados do século XVII.
6 Explica o desenvolvimento do capitalismo comercial a partir do século XVI.
7 Descreve as consequências da crise do Império Espanhol para Portugal/Explica o descontentamento da população portuguesa face ao domínio espanhol
Com a crise do Império espanhol, o rei aumento os impostos, recrutou tropas portuguesas para as guerras de Espanha e retirou autonomia a Portugal, nomeando a Duquesa de Mântua (espanhola) para vice-rainha d Portugal. Por isso, cresceu o descontentamento entre os vários grupos sociais portugueses, desde o povo até à alta nobreza.
Através de um golpe palaciano, em 1 de Dezembro de 1640, organizado por um grupo de nobres, D. João, Duque de Bragança, foi aclamado Rei de Portugal, com o título de D. João IV.
ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO NUMA SOCIEDADE DE ORDENS
1.Diz em que consiste a expressão “Antigo Regime”.
Antigo Regime é o período da história da Europa entre os séculos XV e XVIII, caracterizado pelo absolutismo, pela sociedade de ordens e pela expansão do comércio colonial.
2 Localiza, no tempo e no espaço, o absolutismo.
O Absolutismo existiu em vários países europeus, como França, Portugal e Espanha, a partir do século XVI até aos finais do século XVIII/inícios do século XIX.
3 Descreve as características do absolutismo.
As características do absolutismo são:
- concentração de todos os poderes nas mãos do rei
- não convocação das Cortes
- aparecimento de um corpo de funcionários que aplicavam as decisões reais
4 Explica a teoria divina do poder real.
O poder real era considerado de origem divina, ou seja, provinha de Deus e, portanto, só a ele tinha de prestar contas. Quem desobedecesse ao rei, cometia um verdadeiro sacrilégio e seria julgado, o que quer dizer que todos, sem excepção, teriam de obedecer ao rei.
5 Descreve a Corte como instrumento de poder.
Os reis absolutos utilizavam a corte como instrumento de poder real. Rodeando-se dos nobres mais importantes do país, podia controlá-los e domesticá-los: estes ficavam dependentes dos pequenos favores prestados ao rei e, portanto, faziam tudo para agradá-lo.
6 Refere as etapas de implantação do absolutismo em Portugal.
As etapas da implantação do absolutismo em Portugal foram:
- D. Duarte: Lei Mental (os bens doados pela coroa só podiam ser transmitidos ao filho mais velho, senão, voltariam para a coroa)
- D. Afonso V e D. Manuel I – Ordenações Afonsinas e Ordenações Manuelinas
- D. Manuel I – reforma dos forais
7 Identifica D. João V como um rei absoluto.
D. João V, aproveitando as remessas de ouro brasileiro, vai utilizar a riqueza para afirmar o seu poder político, afirmando-se como o Rei-Sol português. Deixou de convocar as Cortes e construiu o Palácio de Mafra, rodeando-se de luxo e riqueza e controlando os nobres portugueses.
8 Define mercantilismo.
Mercantilismo foi a política económica adoptada por vários Estados europeus no século XVII com o objectivo de aumentar a riqueza dos países.
9 Descreve os objectivos e as medidas defendidas pelo mercantilismo.
Os objectivos do mercantilismo eram obter uma balança comercial positiva (mais exportações e menos importações) de forma a promover a entrada de riqueza no país.
As medidas tomadas para atingir esse fim eram:
- desenvolvimento das manufacturas: criação de manufacturas, atribuição de subsídios, contratação de técnicos estrangeiros
- fomento do comércio através da criação de companhias comerciais
- protecção da produção nacional através da publicação das pragmáticas e do aumento das taxas alfandegárias aplicadas aos produtos importados.
10 Explica a adopção do Mercantilismo pelo Conde da Ericeira.
A adopção do Mercantilismo pelo Conde da Ericeira deveu-se à crise do nosso comércio colonial face à diminuição das exportações para os outros países europeus.
11 Define Sociedade de Ordens.
Sociedade de Ordens é uma sociedade estratificada em três ordens ou grupos sociais – o clero, a nobreza e o Terceiro Estado (burguesia e povo) – distinguindo-se pelos privilégios atribuídos, ou não, a cada um.
12 Descreve os aspectos que determinavam a posição social de cada um.
As diversas ordens sociais estavam organizadas segundo o nascimento, a função e o estatuto jurídico, implicando diversas formas de vestuário e de tratamento na sociedade.
13 Diferencia as três ordens sociais.
O Clero e a nobreza eram grupos privilegiados. Possuíam grandes extensões de terra, recebendo as rendas dos camponeses. Tinham justiça própria e estavam isentos do pagamento de impostos. O Terceiro Estado era muito heterogéneo, abarcando situações económicas distintas: desde o grande burguês enriquecido, homem de negócios, até ao camponês empobrecido e ao mendigo. A todos eles era comum o facto de pagarem impostos e não terem qualquer privilégio.
O ANTIGO REGIME PORTUGUÊS NO SÉCULO XVIII
1 Descreve a importância do afluxo do ouro brasileiro para a economia portuguesa.
Durante o reinado de D. João V, chegaram a Portugal grandes quantidades de ouro vindo do Brasil, permitindo ao rei rodear-se de luxo no Palácio de Mafra, o qual mandou construir, e afirmar-se como rei absoluto. O reinado foi, portanto, um reinado caracterizado pela riqueza.
2 Explica a assinatura do Tratado de Methuen.
Em 1703, Portugal e a Inglaterra assinaram o Tratado de Methuen, porque Portugal, devido ao afluxo de ouro brasileiro, decidiu que já não precisava de investir na sua produção nacional, podendo importar livremente os produtos à Inglaterra.
3 Indica os termos desse tratado.
Segundo esse acordo comercial, Portugal aceitava importar os têxteis ingleses, sem qualquer tipo de limitação e a Inglaterra aceitava a importação de vinhos portugueses pagando taxas alfandegárias reduzidas.
4 Refere as vantagens e desvantagens da assinatura desse tratado para a economia portuguesa.
As vantagens do Tratado de Methuen foram: aumentou a produção vinícola, sobretudo na região do Douro, devido ao aumento das exportações para Inglaterra.
As desvantagens foram: aumentou o défice da balança comercial porque as importações de têxteis ingleses aumentaram mais do que a exportação de vinhos portugueses; crise das manufacturas portuguesas devido à concorrência dos produtos ingleses, mais baratos e de melhor qualidade; aumentou, portanto, a dependência económica face à Inglaterra.
5 Descreve a política de fomento económico do Marquês de Pombal
Numa primeira etapa, o Marquês de Pombal teve como objectivo desenvolver o comércio português através da criação de companhias comerciais monopolistas ( Companhia das Vinhas do Alto Douro, C. de Grão-Pará e Maranhão, etc). Essas companhias comerciais eram compostas por capitais privados de burgueses, mas recebiam do Estado o monopólio de produção e de comercialização de determinado produto em determinada região (não sofrendo de concorrência, podiam desenvolver-se).
Numa segunda etapa, o Marquês de Pombal teve como objectivo desenvolver as manufacturas através da criação ou renovação de manufacturas, concessão de subsídios e privilégios (ex: isenção de impostos) e contratação de técnicos estrangeiros.
6 Descreve a forma como o Marquês de Pombal vai implantar o Despotismo Esclarecido.
O Marquês de Pombal implantou o Despotismo Esclarecido, última etapa do absolutismo régio: tipo de regime político em que o rei é a autoridade suprema porque era considerado como a única pessoa com capacidades especiais para tomar as medidas adequadas para o progresso da Nação.
Por isso, o Marquês de Pombal vai disciplinar a nobreza e o clero com a condenação à morte dos Távora e da expulsão dos Jesuítas. Para a sua governação, vai apoiar-se na burguesia, à qual atribuía certos privilégios económicos (ex: companhias monopolistas) e títulos nobres. Também aboliu a distinção entre cristãos-velhos e cristãos-novos, permitindo aos “antigos judeus” a sua ascensão social e económica.
A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA E O ILUMINISMO
1 Diz em que consistiu a Revolução Científica.
A Revolução Científica consistiu num conjunto de progressos científicos em vários campos do conhecimento devido à aplicação do método científico de Descartes, que consiste em várias etapas: observação do fenómeno, formulação de hipótese, experimentação e formulação de tese/lei.
2 Refere alguns progressos científicos ocorridos no século XVII.
Alguns progressos científicos:
- Astronomia – Galileu – comprova a teoria heliocêntrica
- Física – Newton – lei da gravidade
- Medicina – Harvey - circulação sanguínea
3 Dá exemplos de novos instrumentos utilizados no século XVII.
Alguns instrumentos: microscópio, luneta astronómica, termómetro, barómetro, …
4 O que foi o Iluminismo?
O Iluminismo foi um movimento intelectual surgido na Europa no século XVIII que se caracterizou pela crença na razão humana.
5 Descreve as ideias defendidas pelos iluministas.
As ideias iluministas eram:
- crença no valor da razão como fonte do conhecimento
- a educação é essencial para a obtenção do conhecimento
- o conhecimento é indispensável para o progresso das sociedades
- todos os homens têm direito a serem felizes
- todos os homens nascem livres e iguais pelo que fazem críticas à sociedade estratificada da época
- defendem a divisão tripartida do poder para evitar abusos: o poder executivo para o rei, o legislativo para as assembleias e o judicial para os tribunais.
6 Refere os meios de difusão das ideias iluministas.
Os meios de difusão das ideias iluministas eram: os clubes, os cafés, os salões, as academias, os jornais, os livros e a maçonaria.
Portugal: resistência à inovação e as reformas pombalinas do ensino
- A Companhia de Jesus dominava o ensino em Portugal, transmitindo apenas as ideias defendidas pela Igreja Católica impedindo, deste modo, a transmissão das novas ideias que circulavam na Europa
- A existência da Inquisição e do Índex impedia qualquer pessoa de ler ou divulgar as novas ideias, com o perigo de serem julgadas de heresia, caso o fizessem.
2. Descreve as reformas pombalinas do ensino.
- Expulsão dos jesuítas de Portugal e consequente laicização do ensino
- Criação do Real Colégio dos Nobres para a preparação dos filhos da nobreza
-Reforma da Universidade de Coimbra, com a aplicação de um ensino de tipo experimental.
O Barroco
Caracteriza o Barroco nas suas várias vertentes: arquitectura, escultura e pintura:
O Barroco caracteriza-se por:
- gosto pelo movimento (curvas e contra-curvas na arquitectura; movimento dinâmico do corpo na pintura e escultura)- horror ao vazio e decoração exuberante, nomeadamente pela utilização da talha dourada
- teatralismo e exagero nas expressões, transmitindo sempre uma emoção dramática
O urbanismo pombalino
1. Descreve os acontecimentos ocorridos a 1 de Novembro de 1755.O terramoto de 1755, o maremoto e incêndios que lhe seguiram, conduziu à morte de cerca de 7 mil pessoas e à destruição da maior parte dos edifícios da cidade de Lisboa.
2. Descreve o modo como Lisboa foi reconstruída
A reconstrução da “baixa” pombalina vai obedecer às seguintes ideias:
- planta geométrica, com ruas paralelas e perpendiculares
- ruas largas
- edifícios simples e funcionais, construídos em sistema de gaiola para reduzir os efeitos de futuros terramotos
A Revolução Agrícola, demográfica e industrial
1. Descreve as transformações ocorridas na agricultura inglesa, nos finais do século XVII.
Transformações registadas na agricultura em Inglaterra, a partir de 1670:
- alargamento da área de cultivo: arroteamentos das florestas, drenagem dos pântanos e o movimento dos enclosures ( vedação dos campos e inclusão dos baldios nas propriedades agrícolas de nobres e burgueses)
- introdução de novas culturas: milho, beterraba, batata e arroz
- desenvolvimento da criação de gado: cruzamento e selecção de raças
- novas técnicas agrícolas: selecção de sementes, introdução de máquinas agrícolas, fertilização dos campos e afolhamento quadrienal (vantagens: maior área cultivada e aumento da criação de gado pela substituição do pousio pelo trevo)
2. Descreve as consequências da Revolução Agrícola.
As consequências da Revolução Agrícola foram:
- aumento da produção agrícola
- melhoria da alimentação
- aumento de matérias-primas necessárias à indústria
3 Descreve as razões que explicam a Revolução Demográfica.
As causas que originaram a Revolução Demográfica foram:
- melhoria da alimentação (consumo de mais carne e leite)
- melhoria das condições de higiene (uso mais frequente do sabão e de vestuário em algodão)
- evolução da medicina (aparecimento da vacina)
Estes factores permitiram a diminuição da mortalidade o que, a par de uma natalidade elevada, permitiu o aumento da população.
4 Refere as consequências da Revolução Demográfica:
O aumento da população permitiu:
- aumento do número de consumidores, sendo um incentivo ao aumento da produção agrícola e industrial e do comércio
- o aumento da população permitiu a existência de mais mão-de-obra para as indústrias
5 Menciona os sectores de arranque da Revolução Industrial.
Os sectores de arranque da Revolução Industrial foram o sector têxtil e metalúrgico
6 Descreve alguns progressos técnicos registados na época.
Alguns dos progressos técnicos foram:
- indústria têxtil – water-frame, mule-jenny, tear mecânico
- indústria metalúrgica – sistema de pudlagem (aço) e altos fornos
7 Justifica a importância da invenção da máquina a vapor.
A máquina a vapor produzia energia, permitindo pôr outras máquinas em movimento
8 Justifica o arranque da Revolução Industrial em Inglaterra.
Os factores que permitiram o arranque da Revolução Industrial em Inglaterra foram:
- abundância de matérias-primas (lã, carvão, algodão)
- inovações técnicas (2.6)
- numerosa mão-de-obra
- vias de comunicação favoráveis (rios e canais)
- existência de capitais para investir
9 Descreve as consequências da Revolução Industrial sobre o regime de produção.
Passa-se de um regime de manufactura para o de maquinofactura: a produtividade aumenta, conduzindo à diminuição dos preços. O artesão e a oficina são substituídos pelo operário e a fábrica, local onde haverá uma grande concentração de máquinas, operadas pelos trabalhadores. Estas fábricas estarão nas mãos de grandes burgueses.
A Revolução Liberal Americana
1. Identifica os aspectos que uniam os colonos americanos.
As 13 colónias eram independentes umas das outras e dedicavam-se a diferentes actividades económicas. No entanto, estavam unidas pela origem comum (80% de origem britânica), a língua, a religião (maioritariamente protestante) e a defesa dos ideais liberais.
2. Justifica o crescente descontentamento dos colonos americanos relativamente ao domínio inglês.
Os colonos estavam descontentes pelos seguintes motivos:
- o direito de comerciar com o exterior pertencia à metrópole
- aumento dos impostos para fazer face às despesas com a Guerra dos 7 anos.
3. Relata os acontecimentos que conduziram à declaração de independência dos EUA.
Os acontecimentos que conduziram à independência dos EUA foram:
- 1773 - Boston Tea Party - os colonos disfarçam-se de índios e atiram para a água o carregamento de chá dos navios da Companhia das íIndias Ocidentais
- 4 de Julho de 1776 - após a reacção militar dos ingleses, as colónias reunem-se no Congresso de Filadélfia e declaram a independência
- 1775-1783 - guerra pela independência
1785 - Tratado de Versalhes - a Inglaterra reconhece a independência dos EUA
4. Explica porque foi a independência dos EUA uma revolução liberal.
Na Declaração da Independência e na COnstituição Americana estão presentes os seguintes princípios liberais:
- defesa de direitos inalienáveis dos homens: direito à liberdade, à igualdade, à vida, à felicidade, etc
- defesa da soberania popular ( a ideia de que o poder é dado aos governantes pelo povo)
- defesa da divisão tripartida dos poderes: o poder legislativo para o Congresso (constituído pelo Senado e pela Câmara dos Representantes), o poder executivo para o Presidente, e o poder judicial para os tribunais
- criação de um Estado Federal: cada estado tem autonomia em determinadas áreas da administração mas um governo central encarrega-se das relações externas, das finanças e da defesa.